Narasinha


Narasinha ou Narsinga ('nara'=homem, 'simha'=leão) é o quarto avatar de Vishnu, deus protetor do Universo no Hinduísmo. É descrito como tendo a cabeça de um leão e um corpo humano. Manifestou-se de maneira pessoal quando o poderoso demónio Hiraniacaxipu tentava, em vão, argumentar contra a fé do seu filho, o devoto Pralada, em Víxenu, a quem Hiraniacaxipu considerava um inimigo mortal.


A história de Narasinha

A narrativa urânica diz que um demónio muito poderoso quis solicitar ao criador Brama a bênção da imortalidade. Brama disse que a imortalidade era algo impossível de ser obtido, já que ela não faz parte da criação (todo ser criado deve ser mortal).

Por esperteza esse demónio (Hiraniacaxipu) pediu a Brama que não fosse morto por qualquer criatura jamais criada, ou por qualquer criatura nascida de uma mãe, de um pai, de um ventre, de um ovo ou gerada por qualquer outra entidade viva criada, nem de dia nem de noite, que não morresse num canto em nenhum lugar, nem na terra, nem na água e nem no ar, que não fosse morto por qualquer tipo e arma, que o metal jamais perfurasse a sua carne, que sempre estivesse livre de doenças provocadas por microrganismos, que sempre fosse protegido de catástrofes naturais e que o seu próprio corpo e mente não fossem jamais a causa da sua morte.

Brama foi bastante solícito em conceder-lhe todas essa bênçãos, que aos olhos de um simples mortal equivalem à imortalidade.

Hiraniacaxipu tornou-se um flagelo para toda a criação, vivendo sempre em busca de prazeres mundanos, tais como ouro (hyranya) e cama farta (kashipu), rapinando a própria espécie e todas as demais.

O seu filho, o humilde Pralada, invocou o poder de Víxenu para protege-lo do seu pai que não suportava que seu filho fosse seu devoto.

Víxenu encarnou como Narasinha (metade Homem metade leão) e cumpriu as bênçãos proferidas por Brama: a sua forma era inusitada e jamais havia sido criada por Brama, ele surgiu do meio de um pilar de pedra e não foi gerado por uma mãe, pai, ventre, ovo, etc., a morte ocorreu no crepúsculo, nem de dia e nem de noite, Narasinha matou-o sobre o seu joelho, usando a unha para estripá-lo (sobre o joelho é o tipo de “lugar nenhum,” nem na terra, nem na água e nem no ar, e a unha não é um arma de metal) e foi assim que o demónio morreu, gozando de excelente saúde.

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